Kathelyn Amanda .
É , não sei o que eu vou escrever e tampouco sei porque quis começar este post com um nome . Talvez seja a influência maravilhosa de Caio Fernando Abreu ou apenas mais uma tentativa de botar tudo que está acontecendo dentro de mim para fora .
Na realidade não tenho mais o que colocar para fora , passo o dia inteiro me questionando , escolhendo as palavras certas para descrever cada momento , cada beijo , cada abraço e até os detalhes mais imperceptíveis como o modo em que ela mantem os olhos semiabertos ou a sensação contida em mim ao sentir seu cheiro . Valorizo cada segundo , apesar de desprezar o tempo logo que comecei e pensar nas poesias escritas por Quintana .
Faço uma pausa e tento me afogar no buraco infinito de emoções em que encontro , dessa vez colorido , agradável e até dócil . Fechos os olhos para ver as imagens das melhores recordações , a insegurança me assombra , trazendo fantasmas do passado que eu prefiro não lembrar . Afasto as coisas ruins e me foco somente no que provoca aquele frio estranho na barriga , resgato cheiros , gostos e flashes e por um instante acredito estar em uma nave explorando minha própria mente .
Recuo e separo o que é real e do que é ilusão , a dúvida incansável de saber se estou no caminho certo me pausa , sinto o sangue correndo descontroladamente em minhas véias , vejo nitidamente todas as consequências e ainda sim continuo com as portas fechadas e as janelas trancadas , assegurando-me de que nenhuma voz irá vir me perturbar enquanto eu arrisco , enquanto a sensação única de paz domina todo o meu corpo .
Nenhum comentário:
Postar um comentário