sexta-feira, fevereiro 13

outro copo , por favor

Talvez eu já tenha esvaziado algumas garrafas .
Mas o porre continua o mesmo .
Perdi a conta de quantos maços de cigarros
Já foram instalados no meu pulmão hoje
Eu to respirando a fumaça que avisa minha prévia morte .
Eu to tentando mergulhar num universo criado por mim
E ao invés disso me perdi nas lágrimas alheias misturadas com as minhas
Tentando matar minhas mágoas e me matando lentamente .
Como se a dor fosse algo insignificante
Eu atiro pedras na cruz, eu perdi o medo da consequência,
Eu perdi a fé , o amor , a confiança
( que ainda me restava )
Não existo mais , me procure em um mapa
Me procure na web .
Só há memórias do que eu acreditei ser concreto
Só há restos
Restos de mim

Portanto não me incomode com as suas verdades não ditas
Não me perturbe com sua vaidade e seus olhos castanhos .
Não quero voltar a ser uma ficcção
Não quero viver ao lado de alguém que é simplesmente
Uma mentira

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